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As estações metroferroviárias sempre fizeram o papel urbanístico de agregar atividades econômicas e sociais nos seus arredores. Contudo, as estações do Metrô de São Paulo foram concebidas visando o embarque e o desembarque rápido de passageiros, e não foi previsto nos projetos o uso de espaços para atividades comerciais no interior das estações ou em áreas agregadas aos edifícios. Na atualidade, em função da necessidade de facilitar os deslocamentos das pessoas na metrópole, as estações devem acomodar outras atividades e serviços que possam agregar facilidades ao cotidiano dos usuários. Assim, verifica-se a ocupação de espaços com comércio e serviços nas estações existentes cujos projetos não contemplaram este uso. Da mesma forma, foram implantados os empreendimentos associados na modalidade de shopping centers em áreas agregadas às estações ou no seu espaço aéreo. A presente pesquisa, a partir de estudos de caso, utiliza-se dos métodos e técnicas de Avaliação Pós - Ocupação - APO aplicados em estações metroferroviárias, focando na utilização de áreas para o desenvolvimento de atividades comerciais. O escopo deste estudo se restringe à análise dos impactos da utilização de espaços para comercialização pós - ocupação dos edifícios. A partir dessa análise, identificou-se as melhorias que podem ser adotadas para os próximos projetos e para as estações estudadas. Foram selecionados os instrumentos que se mostraram adequados para avaliação desses espaços, e após sua aplicação foram analisados os resultados. A partir do diagnóstico, contendo os pontos positivos e negativos, foram propostas melhorias para os estudos de caso e diretrizes para os projetos de novas estações. A utilização de espaços para o desenvolvimento de atividades comerciais nas estações deve ser contemplada no programa arquitetônico, de modo que possa ser considerada nos estudos econômicos financeiros que nortearão os investimentos destinados à construção de uma linha de metrô.