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Esta pesquisa analisou as atuais formas de utilização do patrimônio nas estações ferroviárias da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Sendo esta ferrovia implantada em 1868, as estações ferroviárias fundadas por essa empresa expressam-se monumentalmente na paisagem urbana e rural de muitas cidades do estado de São Paulo. Essa rede ferroviária expandiu-se entre o final do século XIX até meados do século XX, possibilitando o escoamento da produção cafeeira e uma nova dinâmica econômica nessas localidades. O encerramento das atividades da Companhia Paulista e o declínio do transporte ferroviário de passageiros na segunda metade do século XX resultaram na readequação das funções e atividades de suas estações ferroviárias. Desse modo, o estudo do patrimônio ferroviário pela ótica da Geografia permitiu verificar o estado de conservação de muitas estações ferroviárias paulistas, tendo como foco de pesquisa uma análise mais detalhada sobre as estações ferroviárias da Companhia Paulista tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo ¿ CONDEPHAAT. Sendo o patrimônio uma área de estudo transdisciplinar, propôs-se compreender o processo de refuncionalização desse patrimônio e o que levou à sua patrimonialização, com base nos processos de tombamento e no trabalho de campo realizado nas estações selecionadas, para identificar as dinâmicas de uso desses bens no presente, assim como a valorização do bem tombado como patrimônio