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Este trabalho analisa a preservação do patrimônio cultural do centro urbano de Rio Claro/SP, através da compreensão sobre as questões de identidade e o sentimento de pertencimento da população em relação ao patrimônio cultural presente no centro da cidade, incluindo seu centro histórico, objeto de tombamento pelo Condephaat e área privilegiada em termos de investimentos públicos e privados. As propostas de tombamento priorizaram o patrimônio material por seus aspectos construtivos, sua relevância histórica e arquitetônica e o potencial para o aproveitamento turístico, sem o necessário entrelaçamento a outros valores, como os afetivos; além de excluir a maior parte dos remanescentes ferroviários, referências importantes para a história da cidade e do espaço urbano central. A metodologia histórico-crítica foi utilizada para a apreensão dos principais períodos de expansão da área central e sua correlação com os edifícios, lugares e dinâmicas urbanas estabelecidos. Na segunda etapa, o trabalho empírico de leitura da área central in loco, em seus aspectos físicos e de apropriação pelos diversos grupos, permitiu a identificação dos agentes de valorização do patrimônio e, na terceira etapa, o cruzamento desses dados possibilitou reflexões e análises das distintas ações de preservação sobre os bens reconhecidos oficialmente e outras referências culturais, a fim de contribuir com uma revisão crítica sobre os critérios de valorização e reconhecimento do patrimônio cultural no centro urbano de Rio Claro, de forma a fundamentar futuras políticasmunicipais.