Descrição
O procedimento da psicogeografia e sua técnica exploratória da deriva, desenvolvidos pelo movimento Internacional Situacionista nas décadas de 1950 e 1960, fizeram do ato de caminhar um meio de apreensão dos afetos urbanos. Ao longo dos últimos anos podemos observar muitas das ideias e práticas situacionistas serem adotadas e adaptadas em diversos âmbitos da sociedade. Inserido nesse contexto, este trabalho apresenta reflexões metodológicas e epistemológicas sobre como a deriva possibilita reconhecer o relevo psicogeográfico, buscando contribuições da teoria das emoções e afetos. Relata a experiência da disciplina “Emotions and Affect from a Spatial Perspective”, fornecida pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da FCT-UNESP, no segundo semestre de 2018, na qual foi realizada uma deriva no Camelódromo de Presidente Prudente (São Paulo). Ao final, diante dos desafios e potencialidades encontrados, verificamos como os estudos psicogeográficos podem auxiliar na compreensão dos processos de mediação afetivos que emergem e se organizam no espaço urbano.