Efetuamos a identificação e mapeamento de diversos vestígios materiais que compunham o sistema ferroviário entre 1868 e 1930 (conjuntos de edificações e edifícios isolados, máquinas e ferramentas, vias férreas, documentos) ou sua proteção atual (acervos documentais e de objetos, bens legalmente protegido no âmbito municipal, estadual ou nacional). Não se pretendeu realizar uma extensa identificação das estruturas edificadas de maneira equivalente a um detalhado inventário patrimonial histórico-arquitetônico, ainda assim buscou-se obter alguns dos seus elementos básicos de identificação tais como: identificação do bem, dados georreferenciados, histórico da edificação, técnicas construtivas, plantas e fotos das edificações. Para alimentar as base de dados, foram concebidas diversas fichas de identificação, em função das questões e objetivos deste projeto, e fundamentados em outros modelos de inventários utilizados por órgãos de preservação brasileiros ou estrangeiros – Inventário do Patrimônio Ferroviário do IPHAN, Inventários de Bens Móveis do Instituto Nacional de Patrimônio Cultural do Equador, “Inventário de Lineas de Ferrocarriles en Desuso” da Fundación de los Ferrocarriles Españoles.
Repetimos que não se pretende neste projeto fazer um inventário exaustivo de todas as estações ferroviárias paulistas. Foram considerados neste levantamento tão somente aqueles bens materiais que formam determinados conjuntos ferroviários (que reúnem armazéns, oficinas, escritórios administrativos, vilas ferroviárias, hortos e eventualmente também escolas ferroviárias) ou permitem compreender e identificar o funcionamento do sistema ferroviário entre meados do século XIX e a metade do século XX.