Durante os dias 18 e 19 de abril de 2017 as pesquisadoras Priscila Kamilynn Araujo dos Santos e Rafaela Rogato Rondon Silva, do projeto Memória Ferroviária (MF), ministraram a oficina “Abordagem e valorização do patrimônio” na cidade de Bauru. A atividade foi planejada como forma de difundir aos membros da equipe os conhecimentos obtidos durante um minicurso financiado as alunas pelo MF/FAPESP (processo 12/11259-2), organizado pelo Laboratório de Arqueologia Pública (LAP) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e ministrado pelo Dr. Neil Silberman e pela Dra. Angela Labrador docentes da Universidade de Massachusetts Amherst/USA.
O roteiro de trabalho foi dividido em três etapas: teórica, prática e interpretativa. Durante a primeira etapa foram apresentadas diferentes formas de interpretação do passado; os conflitos gerados pelos usos políticos da arqueologia; a importância das comunidades na preservação do patrimônio e as contribuições dos diferentes instrumentos metodológicos na pesquisa científica, com destaque para: conhecimento do espaço (tour), photovoice, entrevistas, técnicas de observação e elaboração de roteiros sustentáveis. A parte prática foi realizada no Complexo Ferroviário da Noroeste do Brasil (EFNOB) onde os participantes tiveram a oportunidade de executar in loco um experimento a partir dos métodos e técnicas apresentados. Após a coleta de campo houve uma avaliação prévia sobre as limitações e possibilidades dos instrumentos metodológicos e no dia seguinte os participantes apresentaram a interpretação dos resultados obtidos.
A atividade foi finalizada com uma discussão sobre a importância da transversalidade nos projetos científicos, pois nenhuma disciplina supera os resultados que podem ser obtidos por meio da articulação de diferentes profissionais. Portanto, os projetos que pretendem ter êxito devem relacionar a arqueologia, o patrimônio e o turismo sustentável, de forma a interpretar os valores e não exclusivamente etiqueta-los.