Pesquisadores do Projeto Memória Ferroviária se reuniram na UNICAMP no passado 19 de outubro de 2015 com motivo da celebração das Jornadas de Patrimônio Ferroviário, que foram organizadas pelo professor Pedro Paulo A. Funari, com promoção do Laboratório de Arqueologia Pública “Paulo Duarte” (LAP/UNICAMP).
Logo após a abertura do evento, com comentários dos professores Pedro Paulo Funari e Eduardo Romero de Oliveira, teve início a mesa de debate Patrimônio ferroviário: questões e possibilidades de pesquisa, com o professor Paulo Bava de Camargo (UFS) como moderador. Na mesa, o professor Romero (coordenador do PMF) apresentou a palestra “Memória Ferroviária, um projeto de pesquisa de longo prazo”, o Dr. Juan M. Cano seu projeto PD-BR “Estudo arqueológico transversal do Complexo das Oficinas da Companhia Paulista (Jundiaí, SP)” e o professor Samir Hernandes o trabalho “O acervo da EFNOB: gestão do patrimônio documental ferroviário com novas tecnologias informacionais”. A sessão foi encerrada com um interessante debate.
Durante o período da tarde tiveram lugar duas sessões de comunicações. A primeira, intitulada Preservação e usos do patrimônio ferroviário e comentada pelo Dr. Tobias Vilhena (pós-doc LAP/UNICAMP), contou com as apresentações de Ewerton Moraes (mestrando UNESP: “O CONDEPHAAT e a proteção dos bens ferroviários do Estado de São Paulo (1969-1984)”), Priscilla Kammilym (mestranda UNESP: “Conjunto ferroviário da Mogiana (Estação Guanabara): estudo sobre práticas de preservação e usos sociais do patrimônio ferroviário”), Rafaela Rogato (mestranda UNESP: “Conjunto ferroviário de Mairinque: análise da articulação do patrimônio industrial urbano”) e Luisa Trevisan Ribeiro (mestranda PUC/CAMPINAS: “Traçados urbanos e linhas remanescentes: gestão do patrimônio ferroviário nas cidades de Louveira, Vinhedo e Valinhos”).
A segunda sessão, Registro e Difusão do patrimônio ferroviário: novas perspectivas de estudos, foi comentada pelo Dr. Juan Cano (pós-doutorando UNESP) e contou com as comunicações de Odair Marques (Coordenador CIS-Guanabara), Ramón Méndez (doutorando UAM, Espanha: “Educación, Museos y Patrimonio Ferroviário”), Lucas Correa (doutorando UNESP: “Patrimônio documental e a pesquisa em história de empresas ferroviárias”; por não poder comparecer, seu texto foi lido pelo professor Eduardo Romero de Oliveira) e Luis Botaro (mestre UNESP: “Ferrovia e Cidade – construção material da modernidade no interior paulista”).
O evento foi de grande interesse pelas discussões e troca de ideias entre os membros da equipe MF, além de permitir o diálogo com a comunidade acadêmica ao ser umas jornadas abertas ao público e retransmitidas ao vivo pela Internet (as jornadas podem ser assistidas neste link).
(fotos: LAP)
Na mesma semana, de 19 a 23 de outubro, pesquisadores do Projeto Memória Ferroviária também participaram na XXXII Semana de História de Assis, organizada pelo Departamento de História da UNESP/Assis. Concretamente, o Dr. Juan M. Cano apresentou a comunicação “O mundo do trabalho capitalista a partir de outro olhar: o que dizem os pavimentos do Complexo FEPASA (Jundiaí-SP)”; enquanto o professor Romero participou na mesa redonda História e Memória: Museus e Patrimônio Social com a palestra “Questões sobre a preservação do patrimônio cultural na atualidade: o exemplo do patrimônio industrial ferroviário na Inglaterra”.