Foi iniciada na última semana a venda do livro Arqueologia Pública e Patrimônio: Questões Atuais. A publicação organizada por Pedro Funari, Juliano Campos e Marian Rodrigues visa reconhecer os principais debates e reflexões neste primeiro quarto de século e, a partir disso, oferecer uma ferramenta para o engajamento consciente dos cientistas que lidam com o patrimônio cultural.
A coletânea conta com publicações de diferentes autores, entre eles, Eduardo Oliveira, coordenador do Projeto Memória Ferroviária. Além das importantes contribuições deste texto, a publicação efetiva os resultados do trabalho em colaboração entre este projeto e o Laboratório de Arqueologia Pública “Paulo Duarte” (NEPAM/UNICAMP).
O livro está disponível para venda em iTunes e outras livrarias.
Ao longo da última década, por todo o mundo, a Arqueologia vem sendo objeto de acalorados debates sobre o seu papel na tomada de decisão para proteção e valorização dos bens culturais.
No Brasil, especificamente nos últimos dois anos, audiências públicas e encontros realizados por sociedades de classe, academia e comunidades tradicionais conclamam uma abertura maior dos órgãos gestores no processo de avaliação dos bens culturais materiais e imateriais.
A participação ampla, inclusiva e democrática coloca-se como uma meta viável, que deve ser buscada pelos diversos profissionais cientistas e agentes públicos tanto no âmbito federal, como estadual e municipal. Por sua vez, nesse contexto de ampliação de vozes, a diversidade das ciências que podem contribuir nos estudos passa a ser valorizada. Ao lado do arqueólogo, antropólogos, historiadores, educadores, arquitetos, entre outros também podem e devem participar das investigações sobre o patrimônio cultural arqueológico.
Nesse sentido, a presente publicação reúne artigos de diferentes profissionais arqueólogos brasileiros e estrangeiros, que expõem de maneira clara os mais recentes debates em torno do Patrimônio Arqueológico, seja analisando técnicas de trabalho, seja historicizando o processo de construção conceitual e prático do próprio campo.
Reconhecer os principais debates e reflexões neste primeiro quarto de século e, a partir disso, oferecer uma ferramenta para o engajamento consciente dos cientistas que lidam com o patrimônio cultural é o principal papel desta publicação.
Tobias Vilhena de Moraes
Pós-doutorando NEPAM – LAP/UNICAMP (Bolsista FAPESP)
Arqueólogo do IPHAN-RS
Organizadores: Pedro Paulo Abreu Funari, Juliano Bitencourt Campos e Marian Helen da Silva Gomes Rodrigues